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A Virtude do Amor – Sri Yukteswar

A virtude do Amor. O amor natural do coração é o principal requisito para se atingir

uma vida santa. Quando este amor, dom celestial da Natureza, surge no coração, ele elimina

todas as causas de excitação do sistema e o acalma, induzindo-o ao estado perfeito

e normal; e tonificando os poderes vitais, expele todas as matérias estranhas – os

germes das doenças – por meios naturais (transpiração etc.). Deste modo, torna o homem

perfeitamente saudável de corpo e de mente, e o habilita a compreender corretamente

a orientação da Natureza.

Quando este amor se desenvolve no homem, permite à ele compreender não só

a real posição de seu próprio Ser, mas também a dos outros que o cercam.

Com a ajuda deste amor desenvolvido, o homem tem a felicidade de conseguir a

Sublime companhia de personagens divinos e é salvo para sempre. Sem este amor, ele

não pode viver de modo natural, nem pode viver na companhia de uma pessoa conveniente

à seu próprio bem-estar; torna-se muitas vezes excitado pelas matérias estranhas

introduzidas em seu sistema através dos equívocos que o impedem de compreender a

orientação da Natureza, e, como conseqüência, ele sofre no corpo e na mente. Uma vez

que não pode, de modo algum, encontrar a paz, sua vida se torna um fardo. Por conseguinte,

o cultivo deste amor, o dom celestial, é o principal requisito para se obter a salvação;

sem ele, é impossível para o homem avançar um passo neste sentido. Ver Apocalipse

2:2-4.

“Conheço as tuas obras, teu trabalho e tua paciência, e sei que

não podes suportar os maus; puseste à prova os que se dão como apóstolos,

sem o serem, e os achaste mentirosos;

e tens perseverança, e sofreste pelo meu nome, e não desanimaste.

Mas tenho contra ti que arrefeceste o teu primeiro amor.”

 

 

 

SUTRA 7, 8

A coragem moral (Virya), nasce de Sraddha, que direciona nosso

amor para o guru, e da afetuosa observância de suas instruções.

Aqueles que afastam os nossos males, dispersam nossas dúvidas e

conferem a paz, são os verdadeiros mestres. Eles realizam uma obra divina.

Seus adversários (aqueles que aumentam nossas dúvidas e dificuldades) são

perniciosos e devem ser evitados como veneno.

Como já foi explicado no capítulo anterior, esta criação, substancialmente nada

mais é do que uma idéia lúdica da Natureza na única Substância Real, Deus, o Pai EterA

Ciência Sagrada – O Método

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no, que é o Guru – o Supremo – neste universo. Todas as coisas da criação não são outra

substância senão este Guru, o Pai Supremo, o próprio Deus, percebido na pluralidade

pelos múltiplos aspectos da recreação da Natureza. Ver João 10:34 e Salmos 82:6.

“Jesus respondeu: Não está escrito na Lei: Eu disse vós sois deuses?”

“Eu tenho dito: Vós sois deuses; e todos vós são filhos do Altíssimo.”

Fora desta criação, o objeto que alivia nossos sofrimentos e nossas dúvidas, e

nos dá paz, seja ele animado ou inanimado, por mais insignificante que possa ser, merece

nosso máximo respeito. Mesmo que outros o considerem como objeto do mais abominável

desprezo, devemos aceitá-lo como Sat (Salvador) e aceitar como divina sua

companhia. Aquilo que produz resultados opostos, que destroi nossa paz, lançando-nos

em dúvidas e criando sofrimentos, deve ser considerado Asat, a ruína de tudo que é

bom, e como tal deve-se evitá-lo. Os sábios indianos citam o seguinte:

[Alguns julgam que as divindades existem na água (os elementos naturais),

enquanto que os eruditos acham que elas existem no céu (mundo astral); os

néscios buscam-nas na madeira e nas pedras (as imagens ou símbolos), mas o Iogue

realiza Deus no santuário de seu próprio Ser.]

Para alcançar a salvação os homens escolhem como Salvador os objetos que eles

podem compreender, de acordo com seu próprio estágio de evolução. Assim, de

modo geral, as pessoas pensam que a doença é uma terrível calamidade; a água, quando

administrada adequadamente, tende a eliminar essa doença, podem então os ignorantes

eleger a própria água como sua Divindade.

Os filósofos, sendo capazes de compreender a Luz elétrica que brilha dentro deles,

constatam que o amor que flui energeticamente de seus corações em direção à essa

Luz, alivia-lhes de todas as causas de excitação, acalmando e normalizando os seus sistemas,

tonificando os seus poderes vitais, fazendo-os perfeitamente saudáveis de corpo

e mente. Logo, eles aceitam esta Luz como sua Divindade ou seu Salvador.

As pessoas ignorantes, na sua fé cega, aceitam um pedaço de madeira ou uma

pedra como Salvador ou Divindade para esta criação externa, pelos quais o amor natural

de seus corações desenvolverão, através da propensão magnética, a crença de que

este objeto atenuará todas as causas de agitação, acalmará e normalizará o seus sistemas

e tonificará seus poderes vitais. Por outro lado, os verdadeiros adeptos, tendo pleno

controle sobre o mundo material, encontram sua Divindade ou Salvador no Ser, e não

no mundo externo.

Respeitar o Guru com profundo amor. Estar na companhia do Guru não significa estar

em sua presença física (pois isto às vezes é impossível), mas significa principalmente

guardá-lo em nossos corações, nos unificar e sintonizar com ele.

Este pensamento foi expresso por Bacon: “Uma multidão não é companhia, é

uma simples galeria de rostos.” Portanto, estar na companhia de um objeto Divino é associá-

lo com Sraddha, o amor intenso do coração, no sentido acima explicado, mantenA

Ciência Sagrada – O Método

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do na sua mente, com toda plenitude, seu semblante e seus atributos, e pela reflexão

seguir afetuosamente suas instruções, mansamente. Ver João 1:29.

“… Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”

Agindo assim, tornar-se-á o homem capaz de conceber o sublime status de seus

irmãos divinos, afortunadamente ficando em suas companhias, obtendo seguramente a

ajuda de qualquer um deles, a quem irá eleger como seu Preceptor Espiritual, Sat-Guru,

o Salvador.

Em resumo, pode-se alcançar Virya ou coragem moral pelo cultivo de Sraddha,

ou seja, pela consagração do amor natural do discípulo ao seu Preceptor, que está sempre

com ele (no sentido interno já explicado) e pelo afetuoso seguimento de suas sagradas

instruções, as quais lhes são dadas de modo livre e espontâneo.

 

SUTRA 9 -11

A coragem moral é fortalecida pela observância de Yama (moralidade

ou autocontrole) e Niyana (regras religiosas).

Yama consiste em não fazer mal aos outros, integridade, não roubar,

não cobiçar e observar a castidade.

Niyama significa pureza de corpo e mente, contentamento em todas

as circunstancias e obediência (observância às instruções do Guru).

Pode-se atingir a firmeza da coragem moral pelo cultivo de Yama, as abstenções

religiosas: abstenção da crueldade, da desonestidade, da cobiça, da vida anti-natural e

das posses desnecessárias; e de Niyama, as observâncias religiosas: pureza de corpo e

mente – limpando o corpo externa e internamente de todas as matérias estranhas, que ao

fermentarem, criam diversos tipos de doenças no sistema; e limpando a mente de todos

os preconceitos e dogmas que tornam o homem mesquinho – contentamento em todas as

circunstâncias; e obediência aos sagrados preceitos dos personagens divinos.

O que é a vida natural? Para entender o que é a vida natural, será necessário distinguíla

do que é anti-natural. A vida depende da seleção de (1) alimento, (2) moradia, e (3)

companhia. Para ter uma vida natural, os animais inferiores escolhem para si mesmo

esses elementos com a ajuda de seus instintos e das sentinelas naturais colocadas nas

entradas sensoriais – os órgãos da visão, da audição, tato, olfato e paladar. Entretanto,

nos homens em geral estes órgãos estão desde a infância de tal forma pervertidos pela

vida anti-natural, que pouca confiança se pode ter em seus julgamentos. Portanto, para

compreender quais são nossas necessidades naturais, devemos depender de observação,

experiência e razão.

O que é alimento natural para o homem? Primeiro, para escolher o alimento

natural, devemos observar a formação dos órgãos que cooperam na digestão e na nutriA

Ciência Sagrada – O Método

32

ção, os dentes e o canal digestivo; a tendência natural dos órgãos dos sentidos que guiam

os animais para o seu alimento; e a nutrição da prole.

Observação dos dentes. Pela observação dos dentes, notamos que nos animais

carnívoros os incisivos são pouco desenvolvidos, mas os caninos bastante longos, lisos

e pontiagudos, para apanhar a presa. Os molares também são pontudos; estas pontas

entretanto, não se unem, mas se ajustam estreitamente lado à lado para separar as fibras

musculares.

Nos animais herbívoros os incisivos são notavelmente desenvolvidos, os caninos

reduzidos (embora algumas vezes sejam longos, como as presas dos elefantes), os

molares são largos na parte superior e revestidos de esmalte só nas faces laterais.

Nos frugívoros todos os dentes tem quase a mesma altura; os caninos são pouco

projetados, cônicos e rombudos (obviamente não planejados para agarrar a presa, mas

para exercer força). Os molares tem coroa larga revestida na parte superior de pregas

esmaltadas para evitar o desgaste causado pelo seu movimento lateral, não são pontudos,

inapropriados para mastigar carne.

Por outro lado, nos animais onívoros, como os ursos, os incisivos se assemelham

aos dos herbívoros, os caninos são como os dos carnívoros, e os molares não só

são pontudos mas também largos na parte superior, para servir a um duplo propósito.

Agora, se observarmos a formação dos dentes no homem, veremos que eles não

se parecem com os dentes dos carnívoros, nem com os dos herbívoros ou dos onívoros.

Eles se parecem exatamente como os dos animais frugívoros. A dedução razoável portanto,

é de que o homem é um frugívoro ou um animal comedor de frutas1.

Observação do canal digestivo. Pela observação do canal digestivo, verificamos

que os intestinos dos animais carnívoros são de três à cinco vezes mais longos que

seu corpo, quando medidos da boca ao ânus, e seu estômago é quase esférico. Os intestinos

dos herbívoros são vinte e oito vezes mais longos que seu corpo, e seu estômago

é mais estendido e de estrutura composta. Porém, os intestinos dos animais frugívoros

têm de dez a doze vezes a extensão de seu corpo; seu estômago é um pouco mais largo

do que o dos carnívoros e tem um prolongamento no duodeno, que funciona como um

segundo estômago.

Não é exatamente a formação que encontramos nos seres humanos, embora a

anatomia diga que os intestinos humanos tem de três a cinco vezes a extensão do corpo

humano – cometendo-se um equívoco ao se medir o corpo da parte superior da cabeça

até a sola dos pés, em vez de partir da boca ao ânus. Assim, podemos novamente inferir

que o homem é com toda probabilidade um animal frugívoro.

Observação dos órgãos dos sentidos. Pela observação da tendência natural dos

órgãos dos sentidos – indicadores que determinam o que é nutritivo – os quais direcionam

todos os animais para o seu alimento, verificamos que quando o animal carnívoro

encontra a presa, sente tanto prazer que seus olhos começam a brilhar; audaciosamente

1Como fruta compreendemos qualquer produto da vida vegetal útil ao homem. A dieta frugivorista à que

se refere Sri Yukteswarji abrange os vegetais, legumes, hortaliças, nozes e cereais (Nota do Editor).

A Ciência Sagrada – O Método

33

ataca a vítima e sorve com sofreguidão os jatos de sangue. Ao contrário, os herbívoros

recusam até mesmo seu alimento natural, deixando-o intacto, se nele houver o menor

vestígio de sangue. Seus sentidos do olfato e visão induzem-os a escolher a grama e outras

ervas como alimento, degustando-as com prazer. Similarmente, com animais frugívoros

percebemos que seus sentidos sempre os dirigem para os frutos das árvores do

campo.

Nos homens de todas as raças verificamos que os seus sentidos de olfato, audição

e visão nunca os levam à matança de animais; ao contrário, eles não podem sequer

suportar a visão dessas chacinas. É sempre recomendável que os matadouros sejam

mantidos bem longe das cidades; os homens com freqüência, expedem rigorosos regulamentos

proibindo o transporte de carnes descobertas. Pode-se então considerar a carne

um alimento natural do homem, quando seus olhos e seu nariz positivamente a rejeitam,

a menos que venha disfarçada com o sabor de temperos, sal e açúcar? Por outro lado,

como achamos deliciosa a fragrância das frutas, cuja visão nos deixa muitas vezes com

água na boca. Pode-se também notar que vários cereais e raízes tem odor e sabor gradáveis,

embora fracos, mesmo quando não estão preparados. Portanto, mais uma vez, somos

levados a deduzir por estas observações de que o homem tende à ser um animal

frugívoro.2

SUTRA 9 -11

A coragem moral é fortalecida pela observância de Yama (moralidade

ou autocontrole) e Niyana (regras religiosas).

Yama consiste em não fazer mal aos outros, integridade, não roubar,

não cobiçar e observar a castidade.

Niyama significa pureza de corpo e mente, contentamento em todas

as circunstancias e obediência (observância às instruções do Guru).

Pode-se atingir a firmeza da coragem moral pelo cultivo de Yama, as abstenções

religiosas: abstenção da crueldade, da desonestidade, da cobiça, da vida anti-natural e

das posses desnecessárias; e de Niyama, as observâncias religiosas: pureza de corpo e

mente – limpando o corpo externa e internamente de todas as matérias estranhas, que ao

fermentarem, criam diversos tipos de doenças no sistema; e limpando a mente de todos

os preconceitos e dogmas que tornam o homem mesquinho – contentamento em todas as

circunstâncias; e obediência aos sagrados preceitos dos personagens divinos.

O que é a vida natural? Para entender o que é a vida natural, será necessário distinguíla

do que é anti-natural. A vida depende da seleção de (1) alimento, (2) moradia, e (3)

companhia. Para ter uma vida natural, os animais inferiores escolhem para si mesmo

esses elementos com a ajuda de seus instintos e das sentinelas naturais colocadas nas

entradas sensoriais – os órgãos da visão, da audição, tato, olfato e paladar. Entretanto,

nos homens em geral estes órgãos estão desde a infância de tal forma pervertidos pela

vida anti-natural, que pouca confiança se pode ter em seus julgamentos. Portanto, para

compreender quais são nossas necessidades naturais, devemos depender de observação,

experiência e razão.

O que é alimento natural para o homem? Primeiro, para escolher o alimento

natural, devemos observar a formação dos órgãos que cooperam na digestão e na nutriA

Ciência Sagrada – O Método

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ção, os dentes e o canal digestivo; a tendência natural dos órgãos dos sentidos que guiam

os animais para o seu alimento; e a nutrição da prole.

Observação dos dentes. Pela observação dos dentes, notamos que nos animais

carnívoros os incisivos são pouco desenvolvidos, mas os caninos bastante longos, lisos

e pontiagudos, para apanhar a presa. Os molares também são pontudos; estas pontas

entretanto, não se unem, mas se ajustam estreitamente lado à lado para separar as fibras

musculares.

Nos animais herbívoros os incisivos são notavelmente desenvolvidos, os caninos

reduzidos (embora algumas vezes sejam longos, como as presas dos elefantes), os

molares são largos na parte superior e revestidos de esmalte só nas faces laterais.

Nos frugívoros todos os dentes tem quase a mesma altura; os caninos são pouco

projetados, cônicos e rombudos (obviamente não planejados para agarrar a presa, mas

para exercer força). Os molares tem coroa larga revestida na parte superior de pregas

esmaltadas para evitar o desgaste causado pelo seu movimento lateral, não são pontudos,

inapropriados para mastigar carne.

Por outro lado, nos animais onívoros, como os ursos, os incisivos se assemelham

aos dos herbívoros, os caninos são como os dos carnívoros, e os molares não só

são pontudos mas também largos na parte superior, para servir a um duplo propósito.

Agora, se observarmos a formação dos dentes no homem, veremos que eles não

se parecem com os dentes dos carnívoros, nem com os dos herbívoros ou dos onívoros.

Eles se parecem exatamente como os dos animais frugívoros. A dedução razoável portanto,

é de que o homem é um frugívoro ou um animal comedor de frutas1.

Observação do canal digestivo. Pela observação do canal digestivo, verificamos

que os intestinos dos animais carnívoros são de três à cinco vezes mais longos que

seu corpo, quando medidos da boca ao ânus, e seu estômago é quase esférico. Os intestinos

dos herbívoros são vinte e oito vezes mais longos que seu corpo, e seu estômago

é mais estendido e de estrutura composta. Porém, os intestinos dos animais frugívoros

têm de dez a doze vezes a extensão de seu corpo; seu estômago é um pouco mais largo

do que o dos carnívoros e tem um prolongamento no duodeno, que funciona como um

segundo estômago.

Não é exatamente a formação que encontramos nos seres humanos, embora a

anatomia diga que os intestinos humanos tem de três a cinco vezes a extensão do corpo

humano – cometendo-se um equívoco ao se medir o corpo da parte superior da cabeça

até a sola dos pés, em vez de partir da boca ao ânus. Assim, podemos novamente inferir

que o homem é com toda probabilidade um animal frugívoro.

Observação dos órgãos dos sentidos. Pela observação da tendência natural dos

órgãos dos sentidos – indicadores que determinam o que é nutritivo – os quais direcionam

todos os animais para o seu alimento, verificamos que quando o animal carnívoro

encontra a presa, sente tanto prazer que seus olhos começam a brilhar; audaciosamente

1Como fruta compreendemos qualquer produto da vida vegetal útil ao homem. A dieta frugivorista à que

se refere Sri Yukteswarji abrange os vegetais, legumes, hortaliças, nozes e cereais (Nota do Editor).

A Ciência Sagrada – O Método

33

ataca a vítima e sorve com sofreguidão os jatos de sangue. Ao contrário, os herbívoros

recusam até mesmo seu alimento natural, deixando-o intacto, se nele houver o menor

vestígio de sangue. Seus sentidos do olfato e visão induzem-os a escolher a grama e outras

ervas como alimento, degustando-as com prazer. Similarmente, com animais frugívoros

percebemos que seus sentidos sempre os dirigem para os frutos das árvores do

campo.

Nos homens de todas as raças verificamos que os seus sentidos de olfato, audição

e visão nunca os levam à matança de animais; ao contrário, eles não podem sequer

suportar a visão dessas chacinas. É sempre recomendável que os matadouros sejam

mantidos bem longe das cidades; os homens com freqüência, expedem rigorosos regulamentos

proibindo o transporte de carnes descobertas. Pode-se então considerar a carne

um alimento natural do homem, quando seus olhos e seu nariz positivamente a rejeitam,

a menos que venha disfarçada com o sabor de temperos, sal e açúcar? Por outro lado,

como achamos deliciosa a fragrância das frutas, cuja visão nos deixa muitas vezes com

água na boca. Pode-se também notar que vários cereais e raízes tem odor e sabor gradáveis,

embora fracos, mesmo quando não estão preparados. Portanto, mais uma vez, somos

levados a deduzir por estas observações de que o homem tende à ser um animal

frugívoro.2